Política
Dois anos após agressão verbal e ao ser questionado por tiro, Catan vai à Corregedoria contra Kemp
Kemp será investigado pela Corregedoria por atitude de 2020
MIDIAMAX/RENATA VOLPE
Em um contra ataque, por ter sido acionado na Corregedoria da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), pela ‘salva de tiros’ durante sessão parlamentar, o deputado João Henrique Catan (PL) entrou com uma representação contra Pedro Kemp (PT), com pedido para que ele seja investigado na Casa de Leis, por conduta inadequada, por ter agredido verbalmente a então candidata a vereadora do PT, Karla Cânepa, em 2020.
A agressão verbal foi gravada em vídeo na época e divulgada nas redes sociais. Kemp, na época, era candidato a prefeito de Campo Grande. Um ano depois, ele pediu desculpas publicamente com nota de retratação.
Dois anos após os fatos envolvendo o petista, Catan foi acionado na Corregedoria por Kemp, Paulo Duarte (PSB) e Amarildo Cruz (PT) por ele ter atirado em um estande de tiros, para comemorar a aprovação do projeto de lei. Ele tem 48 horas para se manifestar.
O Jornal Midiamax acionou Catan e a assessoria dele na última segunda-feira (23), para um posicionamento a respeito dos fatos. Na manhã desta terça (24), uma nota encaminhada pela assessoria do parlamentar, diz que Catan entrou ontem com uma representação na Corregedoria contra Kemp, para que seja investigada a conduta inadequada do parlamentar, pela agressão verbal ocorrida há dois anos.
Através da nota, Catan se manifestou. “É mesmo muito triste ver um homem e parlamentar produzir este tipo de afronta a uma mulher e ao bom senso, insurgindo contra ela com palavras de baixo calão e gestos ameaçadores. Isso sim é total falta de decoro. Por isso, hoje, também vou iniciar minha representação na Casa de Leis'.
Salva de tiros
Sobre sua atitude de ter disparado três tiros em um clube durante a sessão parlamentar para comemorar a aprovação do projeto de lei, Catan disse que o tiro desportivo é um dos esportes que têm maior rigor jurídico para participação. “O tiro desportivo exige do indivíduo a conduta ilibada, exige todas as certidões negativas criminais, fiscais, a pessoa tem que estar andando na linha como cidadão; há todo um rigor aplicado para aprovar o cidadão como atirador'.
Acusação leviana
João Henrique afirmou ainda ter sido acusado levianamente. “Eles me acusam por praticar um esporte nacionalmente reconhecido, o tiro desportivo. O verdadeiro crime para eles é o cidadão de bem poder reagir em legítima defesa, protegendo sua família, seus bens e sua vida. E o que Pedro Kemp fez contra a candidata, com agressões verbais e ameaças físicas, isso não é falta de decoro?', disse.
Ainda segundo a nota, consta que “na representação, o deputado João Henrique solicita a apuração da conduta do parlamentar para que tais fatos não fiquem impunes e para que a justiça seja feita para todas as mulheres, sobretudo aquelas que buscam espaço na política'.