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Etanol 2G: depois dos EUA, GranBio tem patente validada na Europa
CVNEWS
ETANOL 2 G Foto Blog VS Engenharia
Tecnologia para biocombustível de segunda geração, feito a partir de produtos fermentados, poderá ser utilizada por 31 países.
A GranBio, empresa brasileira e norte-americana de biotecnologia industrial, informou hoje (2) que 31 países europeus confirmaram o registro de patente para a produção de etanol celulósico, o chamado etanol de segunda (2G), ou qualquer outro produto de fermentação.
A tecnologia patenteada pela GranBio converte biomassa lignocelulósica não-alimentar em biocombustíveis renováveis de baixo carbono.
“Estamos comprometidos em ser um facilitador relevante das cadeias de valor NetZero, de biomassa a biocombustíveis avançados, como etanol 2G e SAF 2G e bioquímicos”, diz diz Bernardo Gradin, CEO e fundador da GranBio. “A validação de nossas patentes na Europa representa um passo importante para acelerar nosso licenciamento de tecnologia na região.”
A Europa lidera uma corrida global por energia limpa, sendo um mercado estratégico que está em transição de matérias-primas de combustíveis fósseis para renováveis. A tecnologia desenvolvida pela GranBio para produzir etanol 2G já foi implantada em sua unidade localizada em São Miguel dos Campos (AL), a primeira do hemisfério Sul que investiu na tecnologia biocombustível celulósico a partir de 2012, um ano após a criação da empresa. No caso, a partir dos resíduos da cana-de-açúcar.
Para licenciar essa tecnologia em todo o mundo, em 2020, a GranBio anunciou uma parceria com a NextChem, subsidiária da Maire Tecnimont SpA, na Itália, que atua na área de tecnologias de transição de energia. A parceria estratégica avançou na comercialização da tecnologia do etanol celulósico. A parceria combina a tecnologia e o conhecimento da GranBio em biomassa e biocombustíveis de segunda geração (2G) com a inteligência de engenharia da NextChem, bem como capacidades de engenharia, aquisição e construção, para oferecer serviços integrados, estudos de viabilidade, projetos de integração, engenharia e construção de fábricas ao redor o mundo.
Mas o processo começou em 2015, nos EUA, com a aplicação da patente nesse país. Em 2017, começou o processo na Europa. Entre março e agosto do ano passado, ocorreu o processo de autorização e concessão na Europa, com um período de nove meses em que os países do bloco podem se contrapor, o que não ocorreu.
Itália, Alemanha e países da região da Escandinávia, onde estão Dinamarca, Suécia e Noruega, já manifestaram interesse na tecnologia para madeira de reflorestamento, resíduos de madeira ou qualquer outro tipo de biomassa disponível na região. Além desses, validaram a patente a Albânia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, República Tcheca, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Letônia, Lituânia, Macedônia, Holanda, Polônia, Portugal, Romênia, Sérvia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suíça, Turquia e Reino Unido (Forbes, 2/6/22)
PorGiovanni Lorenzon
Legenda: Processo de coleta da palha da cana em área da GranBio em Alagoas (Imagem: Divulgação/Granbio)
E Europa não temcana-de-açúcar, mas da Albânia à Alemanha, e em outros 29 países europeus, se alguma companhia quiser construir uma planta deetanolde segunda geração (2G) pela tecnologia daGranBio, vai ter que pagar pela patente.
A empresa de Bernardo Gradin informou que foi confirmada a Patente Europeia EP 3259360, concedida em agosto de 2021, para as soluções biotecnológicas parabiocombustívelcelulósico e outras especialidades de fermentação.
A “rota” científica serve para a produção a partir de outras biomassas também, como da beterraba, mais comum na Europa.
Nascida industrialmente em São Miguel dos Campos (AL), a pioneira usina do Hemisfério Sul pelo método de extração do etanol (grosso modo) do bagaço e da palha da cana, considerado mais produtivo, tem a parceria com a NextChem, da Maite Tecnimont italiana, encarregada das soluções em engenharia e comercialização (Money Times, 2/6/22)