Agronegócios
Milho: cotações são pressionadas no Brasil com baixa em Chicago
Consumidores mantêm a estratégia de realizar compras pontuais até a entrada da safrinha, aponta consultoria Safras & Mercado
BATANEWS/BATANEWS/CANAL RURAL
O mercado brasileiro de milho apresentou preços fracos nesta quarta-feira (1°). Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o mercado segue centrado na paridade de exportação. A forte queda da Bolsa de Chicago (CBOT) ao longo do dia pressionou as cotações para o milho safrinha.
“Para o disponível, os consumidores mantêm a estratégia de realizar compras pontuais até a entrada da safrinha no mercado, para enfim se posicionar de maneira mais contundente”, disse Iglesias.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 89 (compra) e R$ 95 (venda) a saca (CIF) para junho. Já no Porto de Paranaguá, a cotação foi de R$ 89/R$ 95 a saca para junho.
A cotação em Cascavel (PR) ficou em R$ 88/R$ 90 a saca. Na Mogiana paulista, preço de R$ 85/R$ 88. Em Campinas CIF, preço de R$ 88/R$ 90 a saca.
Em Erechim (RS), preço ficou em R$ 92/R$ /95. Já em Uberlândia (MG), preço em R$ 79/R$ 81 a saca. Em Rio Verde (GO), o preço (CIF) esteve em R$ 77/R$ 80. Rondonópolis (MT) registrou cotação de R$ 75/R$ 80 a saca.
Milho em Chicago
A Bolsa de Mercadorias de Chicago para o milho fechou a sessão desta quarta com preços para o milho acentuadamente mais baixos. O cereal reverteu os ganhos registrados mais cedo, seguindo as perdas do trigo e realizando lucros.
O mercado segue na expectativa de que a Rússia possa criar um corredor sanitário para escoamento de grãos represados na Ucrânia. O bom andamento do plantio de milho nos Estados Unidos também pressionou as cotações.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução do plantio das lavouras de milho. Até 29 de maio, a área plantada estava estimada em 86%. O mercado esperava 85%. Em igual período do ano passado, o número era de 94%. Na semana passada, os trabalhos cobriam 72% da área. A média para os últimos cinco anos é de 87%.
Na sessão, os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 7,31 1/4 por bushel, recuo de 22,25 centavos de dólar, ou 2,95%, em relação ao fechamento anterior. A posição setembro de 2022 fechou a sessão a US$ 7,03 3/4 por bushel, baixa de 21,25 centavos, ou 2,93% em relação ao fechamento anterior.