Economia
Arroba subiu R$ 13,00 no fechamento da semana
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O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta sexta-feira, 20, a depender da praça pecuária avaliada. O mercado se comportou como esperado, de forma calma e pouco movimentado nesta sexta-feira nas praças paulistas, resultado do avanço das escalas de abate. O avanço da cotação, segundo o CEPEA, reflete a maior busca por animais jovens.
Entretanto, o ambiente de negócios ainda sugere a continuidade do movimento de queda nos preços da arroba. Isso ocorre porque considera-se o bom volume de animais ofertados no Centro-Sul do país, diante do avanço da piora nas condições das pastagens nestas regiões.
“O embargo imposto pela China em alguns frigoríficos ainda gera ruídos em algumas regiões do país, aumentando a pressão de queda nesses estados. É exatamente o caso de Mato Grosso, que concentra o maior volume de unidades frigoríficas embargadas', diz Iglesias, da Agência Safras.
Entretanto, segundo o Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3, depois de uma semana com grandes oscilações – negativas e positivas – o mercado encerrou a semana com um avanço positivo de 4,16% nas cotações, na comparação diária. Desta forma, a valorização de R$ 12,95/@, fez os preços saltarem de R$ 311,50/@ para o valor de R$ 324,45/@ no fechamento da última sexta-feira, 20. Ainda segundo a instituição, os valores negociados em dólar, encerram mais uma semana cotados a US$ 66,64/@. Confira o gráfico abaixo!
A maior oferta de animais na região carioca, resultou em queda de R$1,00/@ para as três categorias destinadas ao abate no comparativo diário. Já as cotações paulistas, também segundo a Scot Consultoria, permaneceram estáveis na comparação feita dia a dia, em R$308,00/@ para o boi gordo, R$275,00/@ para a vaca gorda e R$304,00/@ para a novilha gorda, preços brutos e a prazo.
Segundo o App da Agrobrazil, a média do valor da arroba na praça paulista fechou o semana com a média ficando cotada a R$ 310,32/@. Dessa forma, como supracitado, o Diferencial de Base em relação a praça paulista, fez as cotações se distanciarem ainda mais nas praças mineiras. O diferencial chegou a R$ 44,95/@, conforme imagem abaixo.
Historicamente, o período de transição entre safra e entressafra de boi gordo, com um quadro de oferta melhor ajustado, sempre apresenta maior propensão a reajustes nas cotações do boi gordo.
Além disso, observa a IHS, o consumo de carne bovina no mercado doméstico segue patinando, devido sobretudo ao avanço da inflação e, consequentemente, o menor poder de compra da população brasileira.
Com o enfraquecimento na renda dos trabalhadores, os cortes de carne bovina sobram nas gôndolas dos supermercados e nos açougues, abrindo espaço para as proteínas correntes, que são mais baratas, tais como frango, carne suína e ovos.
A Agrifatto, segundo o seu relatório semanal sobre as escalas de abate, apontou uma média nacional próxima a 10 dias úteis. “Com a chegada da onda de frio em diversas regiões do país os pecuaristas, preocupados com a piora das pastagens, aumentaram a oferta de boi gordo no mercado físico”.
“Com isso, as escalas continuaram confortáveis para os frigoríficos, e em todas as regiões acompanhadas as programações permaneceram acima da média dos últimos 12 meses, enquanto a média nacional se encontra próxima dos 10 dias úteis“, relata a consultoria.
A Agrifatto, apontou em seu relatório semanal, que as exportações de carne bovina in natura da primeira quinzena de mai/22 totalizaram 73,85 mil toneladas, avanço de 33,7% ante o mesmo período no ano passado.
Ainda segundo os dados divulgados pela Secex, caso o país continue a manter o atual volume diário das exportações mai/22 poderá ser recorde para o período. Mas ainda há grande apreensão do setor quanto a essa movimentação de cargas, tendo em vista a dificuldade logística enfrentada pelo setor, além do embargo de algumas indústrias pelo país asiático.