Após 12 anos, Brasil volta à final do mundial de futsal em busca do hexa

De virada, seleção brasileira bate a Ucrânia por 3 a 2, com grande atuação do capitão Dyego

FOLHA/LUCAS BOMBANA


Confronto entre Brasil e Ucrânia pelas semifinais da Copa do Mundo de futsal, no Uzbequistão - Leto Ribas/Divulgação/CBF

A seleção brasileira de futsal está de volta à final da Copa do Mundo após 12 anos. Em partida bastante equilibrada nesta quarta-feira (2) na Humo Arena em Tashkent, capital do Uzbequistão, o Brasil venceu a Ucrânia por 3 a 2 de virada, com grande atuação do ala e capitão Dyego, que participou dos três gols da equipe verde amarelo.

Pentacampeã (1989, 1992, 1996, 2008 e 2012) a última conquista brasileira foi há 12 anos, quando o craque Falcão ainda estava em quadra.

No mundial de 2016, o Brasil caiu nas oitavas de final, nos pênaltis, para o Irã. Em 2021, perdeu na semifinal para a Argentina, garantindo o bronze ao bater o Cazaquistão.

Na decisão marcada para domingo (6), às 12h (horário de Brasília), a seleção brasileira encara o vencedor do confronto entre Argentina e França, que acontece nesta quinta-feira (3), também às 12h.

Os argentinos foram campeões mundiais em 2016 e ficaram com o vice em 2021, quando perderam a final para Portugal. Já os franceses nunca venceram a competição e foram acusados de entregar o resultado contra o Irã pela última rodada da fase de grupos na edição deste ano, para ter, em tese, um caminho mais fácil até a final, evitando o Brasil.

Nas oitavas de final, os franceses bateram a Tailândia por 5 a 0, enquanto o Irã caiu ante o Marrocos por 4 a 3. Nas quartas, a França venceu o Paraguai por 2 a 1. Já a Argentina derrotou Croácia (2 x 0) e Cazaquistão (6 x 1) para avançar até a semifinal.

No confronto contra os ucranianos nesta quarta-feira, o Brasil saiu atrás no placar pela primeira vez na competição, com o primeiro gol do jogo marcado no fim da primeira etapa por Cherniavskyi, acertando um potente chute rasteiro de direita.

No primeiro minuto da etapa complementar, Dyego fez boa jogada pela ponta esquerda e viu o chute em direção à área adversária desviar na zaga ucraniana para empatar para o Brasil.

Cerca de um minuto depois, o próprio Dyego fez o segundo, se valendo de rebote do goleiro ucraniano para fazer de cabeça.

Quando o cronômetro —regressivo no mundial de futsal— marcava 11 minutos da etapa complementar, a Ucrânia conseguiu o empate com Korsun, se valendo de um erro na saída de bola da zaga do Brasil.

Faltando quatro minutos para o fim da partida, Dyego, novamente, fez o terceiro do Brasil, em cobrança de pênalti, após a Ucrânia ultrapassar o limite de cinco faltas por período, sacramentando a vaga na final.

O time do leste europeu, que perdeu o capitão Shoturma no fim do primeiro tempo por lesão após choque com o brasileiro Marlon, ainda recorreu ao goleiro-linha nos últimos minutos da partida, mas não conseguiu o gol de empate.

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'Durante a competição, a gente não saiu atrás no placar. Hoje nós saímos atrás no placar e soubemos ter calma, tranquilidade, não saímos do plano e do propósito que a gente tinha de jogo', disse o ala Arthur após partida ao Sportv. 'Esse grupo está de parabéns, merecia estar na final. Lutamos muito para estar aqui.'

Foi a quarta vitória brasileira contra os ucranianos em cinco confrontos, com um empate no histórico e nenhuma vitória dos europeus.

Comandada por Marquinhos Xavier, a seleção chega invicta à decisão. Foram até aqui seis vitórias em seis partidas, com um saldo de 37 gols marcados e apenas 4 sofridos.

Pela fase de grupos, o Brasil atropelou todos os adversários, com goleadas de 10 a 0 contra Cuba, 8 a 1 sobre a Croácia e 9 a 1 contra a Tailândia.

Nas oitavas de final, a equipe fez 5 a 0 na Costa Rica, e bateu Marrocos por 3 a 1 nas quartas.

O ala Marcel é o artilheiro da competição, com dez gols. O argentino Alan Brandi vem na sequência, com sete.

Camisa 10 do Brasil e eleito o melhor jogador do mundo em 2023, o pivô Pito está fora de ação desde as oitavas de final, após sentir uma lesão. Sua participação na decisão ainda não está confirmada.

O Brasil é o atual líder do ranking de seleções de futsal da Fifa (Federação Internacional de Futebol), com 1.568,41 pontos. Vêm na sequência Portugal —que perdeu para o Cazaquistão nas oitavas— (1.527,61), e Espanha —eliminada pela Venezuela também nas oitavas— (1.514,42).



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