Avó defende genro preso após bater no neto em Campo Grande: ‘jamais faria isso’

'Denúncia falsa', segundo a avó da bebê, ocorreu após casal se envolver em discussões anteriores com os vizinhos por cachorro e som alto

CVNEWS/MIDIAMAX


Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente. (Kisie Ainoã/Arquivo Midiamax)

Avó de bebê supostamente agredido pelo próprio pai nega as acusações e afirma que a ‘denúncia falsa' foi feita por vizinhos encrenqueiros envolvidos em discussões. Ela afirmou ao Jornal Midiamax que a própria vizinha disse que iria ‘lascar' com a vida do casal e que o genro jamais agrediria a esposa ou filha.

O homem foi preso por policiais civis no Jardim Tarumã, em Campo Grande, na segunda-feira (13). Ele foi autuado por maus-tratos agravado pelo fato de a vítima ser menor de 14 anos e também lesão corporal qualificada. 

Segundo relato da mulher, no dia anterior à denúncia, os pais da bebê, de 20 e 17 anos, haviam discutido com uma vizinha por conta de som alto. Enfurecida, a vizinha disse que ‘iria lascar com a vida da família'. O marido dela também fez ameaças. Teria dito que ‘daria um tiro na cara'. A vizinha ainda teria reafirmado a frase no dia seguinte, após a denúncia. “Não falei que ia ferrar com a vida de vocês'.

A avó materna da criança contou que a bebê tem alergia ao calor, inclusive tem bolhinhas no couro cabeludo com frequência por conta do tempo quente e sempre toma banho no tanque, porém ela escorregou e caiu. 

“Se um pai pegar e socar a cabeça de uma bebê no tanque era pra estar morta. Ela é pequena, magrinha. O machucado é da queda, não foi agressão', afirma.

A sogra afirma que o homem não é agressivo, nunca bateu na esposa, muito menos na criança. “Ele é um pai e um marido amoroso, não tem antecedentes. Eles já moraram um tempo comigo e nunca vi nada anormal. É um bom filho, educado. Eu jamais defenderia se ele fosse uma má pessoa, um marido ruim, um mau pai', defende a avó da bebê.

A preocupação da sogra do rapaz é quanto às mentiras que o levaram a ser preso. “É fácil chegar na delegacia e mentir. Eu posso chegar lá, acuso e falo, mas cadê as provas? Cadê os vídeos?', questiona.

O casal que moravam em fazendas, está há dois meses na residência. A mãe da bebê, tem 17 anos e está em uma gravidez de risco. Mãe e filha devem procurar a delegacia e Defensoria Pública para resolver a situação com a vizinha sobre as supostas mentiras.

Ainda conforme relatos da avó do bebê, outros moradores da região chegaram a alertá-los de que os tais vizinhos eram encrenqueiros e para tomarem cuidado. 

O homem teria sido agredido por policiais, segundo a sogra e teme que por ‘mentiras' ele possa sofrer na cadeia. “Ele nunca foi preso, apanhou de policiais, ficou nervoso com a situação e se embananou no depoimento. Chegamos lá ele estava chorando', lamenta a mulher.

Denúncia

Um dos vizinhos disse claramente que ouviu o homem xingando e gritando com a filha e, ao se aproximar, viu que ele tentava dar banho na criança. Porém, a menina estava chorando muito, então ele começou a bater a cabeça dela contra a parede do tanque.

A DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) iniciou as investigações e localizou o pai da criança. Ele tentou negar as agressões, mas a vítima passou por exame de corpo de delito, onde constatou que houve uma lesão na cabeça.



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