Açúcar na corda bamba:quais são os riscos?Entenda as tendências do mercado

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As condições do mercado mudaram para um estado mais equilibrado, levando a uma queda nos preços e a posições especulativas quase neutras. Hoje, mercado se inclina para tendência de baixa, com os resultados positivos do Brasil e o potencial para uma safra forte

O mercado mostrou sinais de estar bem equilibrado, em vez do aperto extremo previsto anteriormente. Como resultado direto da situação mais confortável, os preços derreteram, enquanto as posições especulativas quase se liquidaram por completo. Uma nova faixa confortável foi estabelecida entre 20,5 e 22c/lb, e o açúcar bruto oscila em seu meio. O açúcar branco, entretanto, conta com uma história um pouco diferente.

“Com um pequeno déficit a ser resolvido após o processamento do bruto, o prêmio do branco pode encontrar apoio no curto/médio prazo. Além disso, o conflito em andamento no Mar Vermelho contribuiu para os ganhos recentes. O comércio internacional com o leste da África e o leste da Ásia enfrenta interrupções e aumentos de custos”, explica Lívea Coda, analista de açúcar e etanol da hEDGEpoint Global Markets, companhia especializada em commodities.

E prossegue: “Uma coisa que as qualidades têm em comum é que ambas estão caminhando em corda bamba. Elas estão basicamente em um mercado equilibrado, especialmente se forem adicionadas. Prevê-se que o fluxo comercial global total e o balanço entre oferta e demanda estejam com um pequeno superávit, o que significa que qualquer distúrbio poderia disparar os preços e os agentes especulativos. Um aumento de 1,5 milhão de toneladas na demanda de qualquer país poderia compensar o conforto atual, ao passo que produtividades maiores do que o esperado em qualquer produtor poderiam levar a um acúmulo. Nesse contexto, surgem duas perguntas: para onde estamos indo hoje e o que devemos monitorar?”.

Analisando os fundamentos hoje, o mercado parece estar pendente para o lado da baixa.

“É claro que os preços continuam historicamente altos, mas com o ótimo resultado do Brasil até agora e a possibilidade de outra grande safra em 24/25, juntamente com alguma recuperação da produtividade em Maharashtra e Karnataka, o mercado pode ficar confortável por um tempo”, diz a analista (Forbes, 21/1/24)



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