Presidente da Câmara dos Deputados, Lira não vai participar do ato alusivo ao 8 de Janeiro

O parlamentar está em Alagoas e não vem para a capital federal em decorrência de problemas de saúde de familiares

PLíNIO AGUIAR, DO R7, EM BRASíLIA


Arthur Lira não participa de ato de 8 de Janeiro - Bruno Spada/Câmara dos Deputados - 20.12.2023

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não vai participar da cerimônia alusiva ao 8 de Janeiro, que será realizada na tarde desta segunda-feira (8), no Congresso Nacional, em Brasília. A reportagem do R7 apurou que o parlamentar está em Alagoas e não vem para a capital federal em decorrência de problemas de saúde de familiares.

Lira usou as redes sociais mais cedo para comentar o 8 de Janeiro. 'Há um ano as sedes dos 3 Poderes da República foram atacadas e depredadas num ato de violência que merece ser permanentemente repudiado. Todos os responsáveis devem ser punidos com o rigor da lei, dentro do devido processo legal', disse o presidente da Câmara dos Deputados.

Há um ano as sedes dos 3 Poderes da República foram atacadas e depredadas num ato de violência que merece ser permanentemente repudiado. Todos os responsáveis devem ser punidos com o rigor da lei, dentro do devido processo legal. 1/5

O alagoano argumentou também que a liberdade de manifestação e o direito fundamental de protestar 'jamais podem se converter em violência e destruição'. Segundo Lira, 'devemos sempre celebrar a democracia e cuidar do futuro de nosso país'.

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Os atos extremistas que depredaram as sedes dos Três Poderes completam um ano nesta segunda-feira (8). Desde então, 66 das mais de 2 mil pessoas inicialmente detidas seguem presas. Dessas, 8 já foram condenadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), 33 são rés denunciadas como executoras dos atos e 25 seguem presas a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), por suspeita de financiarem ou incitarem os crimes.

No total, 30 pessoas já foram condenadas pelo STF a penas que variam de 3 anos de detenção em regime aberto a 17 anos de prisão em regime inicialmente fechado. Os vândalos picharam paredes, quebraram vidros, incendiaram carpetes, danificaram obras de arte e furtaram objetos em exposição. Algumas esculturas e móveis históricos não foram recuperados e não podem ser repostos.

A cerimônia que vai marcar um ano da invasão deve contar com a participação de cerca de 500 convidados, entre ministros, parlamentares, presidentes dos tribunais superiores, governadores de estado e representantes de organizações da sociedade civil. A idealização do ato, que será realizado no Senado, partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre as autoridades, estão previstas a presença do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. A expectativa é que a cerimônia dure cerca de uma hora e meia, com discursos dos presidentes dos três poderes reafirmando a importância da democracia. Também devem ser devolvidos itens depredados durante a invasão.

A invasão dos prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto por extremistas neste domingo (8) em Brasília deixou um rastro de destruição no patrimônio público e em obras de artes. Uma delas foi o quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti, que foi rasgado em seis lugares. A obra, de 1962, ficava no terceiro andar do Palácio do Planalto. Avaliada entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões, a tela é uma das mais importantes do artista que foi um dos ícones do Movimento Modernista da década de 1920



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