Agricultura
Mercado do milho prevê movimentações apenas para o ano que vem
A expectativa é que as transações no mercado do milho ganhem impulso a partir de janeiro, com a maioria das indústrias solicitando embarques a partir da segunda quinzena do mês; entenda
REDAçãO
O mercado de milho no Rio Grande do Sul enfrenta um período de relativa inatividade, com projeções de movimentações significativas apenas no próximo ano, conforme relatos divulgados pela TF Agroeconômica. A expectativa é que as transações ganhem impulso a partir de janeiro, com a maioria das indústrias solicitando embarques a partir da segunda quinzena do mês.
As indicações atuais apontam para preços competitivos, com Santa Rosa e Não-Me-Toque fixados em R$ 65,00, Marau em R$ 66,00 e Arroio do Meio em R$ 67,00, na modalidade CIF indústria. No entanto, os produtores adotam uma postura mais cautelosa, recuando e aguardando um avanço mais expressivo no cenário agrícola. No mercado de exportação, as ofertas no porto alcançam R$ 63,50 para milho com entrega futura em fevereiro de 2024 e pagamento em março de 2024.
Enquanto isso, no cenário nacional, Santa Catarina enfrenta um mercado relativamente lento, com poucos lotes disponíveis para comercialização. A maioria das indústrias, algumas já em recesso, declara-se fora das compras. As indicações de preço são de R$ 72,00 no diferido e R$ 68,00 tributado. Os vendedores praticamente se ausentam, e ofertas de milho paraguaio a US$ 217,00 não têm indicações claras por parte dos compradores, sem relatos de negociações concretizadas.
No Paraná, após o feriado, o mercado apresenta um ritmo lento, com indicações nominais e vendedores praticamente ausentes. Os produtores seguram as vendas para evitar o impacto do imposto de renda e buscam preços mais atrativos, antecipando uma iminente alta. As indicações permanecem entre R$ 67,00 no sudoeste e oeste, R$ 68,00 em Maringá e R$ 68,50 em Londrina. As tradings intensificam suas indicações para os meses de março a maio, com preços em Paranaguá variando entre R$ 64,00 e R$ 66,00. No porto, as indicações situam-se entre R$ 65,00 e R$ 66,00, enquanto os vendedores almejam a partir de R$ 70,00, sem relatos de transações concretizadas até o momento.
O cenário desafiador coloca produtores e compradores em uma posição de cautela, com a expectativa de que as negociações ganhem fôlego no início do próximo ano, impulsionadas por fatores como a demanda reprimida e as oscilações no mercado internacional. O setor permanece atento às variáveis que podem influenciar os preços e as estratégias de comercialização nos próximos meses.
Escrito por Compre Rural.